terça-feira, 27 de outubro de 2009

Taxação de capital estrangeiro trará poucas vantagens aos exportadores, diz Miguel Jorge

A taxação sobre a entrada de capital estrangeiro no Brasil terá efeitos limitados para elevar as exportações brasileiras, disse há pouco o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

Ao chegar para participar da reunião do Grupo de Acompanhamento do Crescimento (GAC), no Ministério da Fazenda, ele afirmou que, apesar de ajudar a conter a queda do dólar, a medida tem poucos impactos sobre as vendas externas.

“Não vejo que a medida possa surtir muito efeito sobre os exportadores, apesar de o dólar ter se valorizado 2% ontem (20). O que mais afeta as exportações é a competitividade e a eficiência dos produtos brasileiros”, disse.

Para o ministro, a cobrança de tributos sobre os investimentos estrangeiros em renda fixa (como compra de títulos públicos) e variável (operações na Bolsa de Valores) só teria efeito eficaz sobre as vendas externas se o imposto fosse alto. Ele, no entanto, considera a elevação da alíquota desaconselhável.

“As exportações aumentariam significativamente somente se a taxação sobre o investimento especulativo fosse muito grande, mas isso seria um tiro no pé porque o dinheiro estrangeiro iria para outros mercados”, afirmou.

Desde o dia 20/10, o capital estrangeiro em renda fixa e variável que entra no país paga 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, segundo a equipe econômica, teve como objetivo conter a queda do dólar, que está em torno de R$ 1,70.

No primeiro dia em que a tributação esteve em vigor, o dólar subiu 2,1% e fechou a R$ 1,75. Foi a maior alta diária em quatro meses.
Por Agência Brasil

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